Oito e quinze da manhã de seis de agosto de 1945.
Hiroshima e o inferno de Dante nas palavras de Charles Pellegrino em "O último trem de Hiroshima"
"A bomba tinha vaporizado a água do rio e dos lagos em toda a extensão de Hiroshima. Num
raio de dois quilômetros, as folhas perderam uma porção substancial da umidade, como
também a perderam pássaros e grilos, e cada folha de grama, cada soldado e cada criança que
estiveram ao ar livre. Todos os vapores acumulados da cidade foram içados para as camadas
inferiores da estratosfera; quando esfriaram, condensaram e começaram a cair.
A chuva era negra porque tinha se misturado à fuligem na estratosfera de Hiroshima e aos
produtos de fissão da nuvem. Mesmo com meias-vidas de apenas alguns minutos, quaisquer
goles de chuva negra ingeridos entre as 8h30 e 8h45 daquela manhã eram capazes de
transmitir, nas sete horas seguintes, pelo menos a metade da dose de DNA necessária para
matar."
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