O HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Ah... Meu pessimismo e ateísmo estavam, vamos dizer, arrefecidos... Coube à "cordialidade" do brasileiro acordá-los. Barbacena nunca mais!

Leituras que fortalecerão o nosso pessimismo.

  • "As Intermitências da Morte" de Saramago
  • "Os Ratos" de Dyonélio Machado

5.10.15

SAPIENS - UMA BREVE HISTÓRIA DA HUMANIDADE; 2001 - UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO E A EVOLUÇÃO DO SER HUMANO.



"Um animal insignificante"

HÁ CERCA DE 13,5 BILHÕES DE ANOS, A MATÉRIA, A ENERGIA, O TEMPO E O ESPAÇO surgiram naquilo que é conhecido como o Big Bang. A história dessas características fundamentais do nosso universo é denominada física.
   Por volta de 300 mil anos após seu surgimento, a matéria e a energia começaram a se aglutinar em estruturas complexas, chamadas átomos, que então se combinaram em moléculas. A história dos atómos, das moléculas e de suas interações é denominada química.
   Há cerca de 3,8 bilhões de anos, em um planeta chamado Terra, certas moléculas se combinaram para formar estruturas particularmente grandes e complexas chamadas organismos. A história dos organismos é denominada biologia.
   Há cerca de 70 mil anos, os organismos pertencentes à espécie Homo sapiens começaram a formar estruturas ainda mais elaboradas chamadas culturas. O desenvolvimentos subsequente dessas culturas humanas é denominado história.
   Três importantes revoluções definiram o curso da história. A Revolução Cognitiva deu início à história, há cerca de 70 mil anos. A Revolução Agrícola a acelerou, por volta de 12 mil anos atrás. A Revolução Científica que  começou há apenas 500 anos, pode muito bem colocar um fim à história e dar início a algo completamente diferente. Este livro conta como essas três revoluções afetaram os seres humanos e os demais organismos."

   O texto acima é o início do livro "Sapiens - Uma breve história da humanidade " de Yuval Noah Harari, editora L&PM editores, pag. 11.

   Ali estão as principais idéias que o autor vai desenvolver ao longo de cerca de 450 páginas do livro.

  Em primeiro lugar ele coloca o homo sapiens em seu devido lugar no universo: um animal insignificante que, graças a uma infinidade de coincidências da natureza, o tornou rei dos animais. Rei assim, porque nós, no alto de nossa prepotência, nos declaramos. E com essa idéia aniquilamos a maioria dos seres vivos do planeta e devemos continuar nessa viagem até talvez aniquilarmos a nós próprios. Insignificante porque "gostemos ou não, somos membros de uma família grande e particularmente ruidosa chamada grandes primatas. Nossos parentes vivos mais próximos incluem os chimpanzés, os gorilas e os orangotangos. Os chimpanzés são os mais próximos. Há apenas 6 milhões de anos, uma mesma fêmea primata teve duas filhas. Uma delas se tornou a ancestral de todos os chimpanzés; a outra é nossa avó." (pag. 13)

 Em segundo lugar, ele faz um resumo extraordinariamente bem feito, de como o universo se desenvolveu, independente da vontade do homo sapiens, que é um produto desse universo. Física, química, biologia levam à criação de organismos, inclusive o homo sapiens que, diferenciando-se de outros animais, cria a história. De um lado, temos o que ele chama de ordem natural e de outro, a história, a ordem imaginada. Aqui o sapiens se destacou e criou de forma artificial o mundo em que habitamos. Três ordens imaginadas contribuíram para alcançarmos o estágio atual: a ordem monetária, com a criação do dinheiro; a ordem imperial, com a criação da política e os processos de dominação dos povos e a ordem religiosa com a criação de religiões universais como o budismo o cristianismo e o islamismo. 

 Em último lugar, o autor relata as revoluções que afetaram o desenvolvimento do sapiens: a cognitiva, quando o desenvolvimento do cérebro humano o diferenciou de outros animais; a agrícola, quando se dominou as técnicas para a produção de alimentos e a científica com o domínio e o desenvolvimento da tecnologia e que se estende até os nossos dias. 

  Para o autor o fim da história está decretado. O que advirá no futuro é sombrio: "Há 70 mil anos, o homo sapiens ainda era um animal insignificante cuidando da sua prória vida em algum canto da África. Nos milênios seguintes, ele se transformou no senhor de todo o planeta e no terror do ecossistema. Hoje, está prestes a se tornar um deus, pronto para adquirir não só a juventude eterna como também as capacidades divinas de criação e destruição." (pag.427).

  As cenas iniciais do filme de Kubrick, 2001 - Uma odisséia no espaço, de 1968, ilustram o que o Noah Harari discorre em seu livro: em algum canto do planeta nossos ancestrais, com o despertar da inteligência, adquire a capacidade de utilizar as ferramentas, inclusive para matar, prenúncio de sua forma constante de agir e transformar os rudimentos de um osso em tecnologia ao longo da história. 

8.7.15

Brasil: Estado Democrático de Direito ou Republiqueta das/dos Bananas?

5.6.15

Alimentando o meu pessimismo.

Monge budista incita violência contra muçulmanos em Mianmar

Do UOL, em São Paulo

 
  • 20.jun.2014 - O controverso monge budista Ashin Wirathu (de laranja) é acusado de instigar a violência sectária entre budistas e muçulmanos em seus sermões
    20.jun.2014 - O controverso monge budista Ashin Wirathu (de laranja) é acusado de instigar a violência sectária entre budistas e muçulmanos em seus sermões
Um monge budista é apontado por ativistas de direitos humanos como um dos principais responsáveis pelo aumento da violência sectária e pelo êxodo de membros da etnia rohingya de Mianmar nos últimos dois anos.
Apelidado de "Bin Laden birmanês", Ashin Wirathu, 46, líder do grupo nacionalista budista 969, faz sermões e posts inflamados, que são distribuídos pelas redes sociais.
Neles, dissemina boatos e defende o boicote a negócios mantidos por muçulmanos --a quem ele chama de "cobras", "cachorros loucos" ou pelo termo depreciativo "kalar" (pretos).
Muçulmanos, os rohingyas são cerca de 2% de uma população em que 9 em cada dez habitantes são budistas --é difícil saber exatamente quantos são, já que foram excluídos do último censo, em 2014.
"Os muçulmanos querem destruir nosso país, nosso povo e a religião budista", afirmou Wirathu em um discurso.
Em encontro recente com jornalistas internacionais em Yangon, ele disse: "Já li o Corão. Honestamente, não achei lá nada de que eu tenha gostado".
"Apesar de serem uma minoria, nossa raça tem sofrido sob seu jugo", afirmou o monge em entrevista de 2013, disponível no YouTube. "A maioria budista não os corrompeu nem abusou deles. Mas temos sofrido com este fardo."
"Por isso é que, se houver tantos muçulmanos quanto há budistas, Mianmar não terá paz", finalizou.
Wirathu chegou a ficar preso por oito anos, condenado por incitação à violência, mas foi solto em 2011 após uma anistia geral no país.
Em julho do ano passado, o monge postou no Facebook que dois irmãos muçulmanos haviam estuprado uma budista em Mandalay, a segunda maior cidade do país e origem de Wirathu.
Em seguida, uma gangue budista promoveu ataques aos bairros islâmicos, e dois muçulmanos foram mortos. A polícia nunca interveio. Mais tarde, a moça confessou ter inventado a história. 
"Desde outubro de 2012, quase todo incidente de violência sectária tem sido precedido por uma pregação do 969 --e normalmente do próprio Wirathu", afirmou um relatório do grupo de direitos humanos americano Justice Trust. 
"Wirathu tem um papel central com seu discurso de ódio e a islamofobia que ele gera, dado que os rohingyas são cercados por uma comunidade hostil que pode ser incitada à violência muito rapidamente", disse ao jornal "Los Angeles Times" Penny Green, da Queen Mary University of London, autor de um relatório sobre Miamar.
 
"Por que essas pessoas estão fugindo em botes? Por que elas se arriscam à morte em alto-mar? Porque a existência que têm e a falta de futuro são piores", acrescentou.
 
Grupos alertam que a perseguição sistemática sofrida pelos rohingyas em Mianmar se assemelha à situação que antecedeu os genocídios de Ruanda e de Srebrenica (Bósnia-Herzegovina).
 
Como não são uma etnia reconhecida pelo governo de Mianmar e são apátridas, eles não podem trabalhar, não têm acesso a educação, liberdade de movimento e direito a voto.
 
Em alguns Estados, eles precisam de autorização especial para casar, só podem ter no máximo dois filhos e vivem em guetos desprovidos de qualquer infraestrutura. (Com agências internacionais, BBC e Los Angeles Times)

27.2.15

Ser humano: ser desprezível

Tudo em nome de deus:

Foto: Mohammed Abed/AFP - Criança palestina passa ao lado de um mural pintado pelo artista britânico Banksy, na Faixa de Gaza. Foto: Mohammed Abed/AFP

Olhar Estadão

Arte nas ruínas
Criança palestina passa ao lado de um mural pintado pelo artista britânico Banksy, na faixa de Gaza. Foto: Mohammed Abed/AFP

31.1.15

Ser humano: ser desprezível

TUDO EM NOME DE DEUS:


Bulent Kilic/AFP - Atirador curdo observa a destruição na cidade síria de Kobani. Foto:Bulent Kilic/AFP


DEVASTAÇÃO DA CIDADE SÍRIA DE KOBANI.
Em O Estado de São Paulo