A doutor arnaldo resplandescia o sol da tarde.
Após descer do ônibus, ao tocar o chão da calçada, na retidão da avenida, já percebia ao longe o caminhante vago.
Sôfrego.
Passos calados envoltos pelas elegantes vestes, talvez de festas tristes.
Em poucos segundos o velho aproximava-se, crescendo aos meus olhos.
Eu o reconheço rapidamente: é rodolfo mayer, o mesmo de as escadas.
- Difícil, é muito difícil morrer... É, eu tenho a impressão de ter passado a vida morrendo.
Compassadamente, sem se importar com as folhas secas que caíam das árvores e com os carros que vociferavam ao vento, o homem caminhou seu caminho sem se importar com os meus olhos.